Lilith

A Força Feminina e a Rebeldia de Lilith na Música de Bea Duarte

A música "Lilith" de Bea Duarte é um hino de empoderamento feminino que desafia as narrativas tradicionais e patriarcais sobre a criação e o papel da mulher na sociedade. A letra faz referência direta à figura mitológica de Lilith, que, segundo algumas tradições judaico-cristãs, teria sido a primeira mulher antes de Eva e se recusou a submeter-se a Adão, sendo por isso marginalizada e demonizada.

A artista utiliza a imagem de Lilith como um símbolo de resistência e força feminina. Ao afirmar "Não sou costela de Adão não / Eu sou filha de Lilith", Bea Duarte rejeita a ideia de que as mulheres são derivadas dos homens ou a eles subordinadas. A música critica a forma como as mulheres foram historicamente retratadas como bruxas ou loucas, responsabilizadas pelos males do mundo, e reivindica uma identidade própria e poderosa, independente das imposições masculinas.

Além disso, a canção celebra práticas espirituais alternativas associadas ao feminino, como o uso de cristais, incensos e a conexão com a lua, em contraposição aos espaços religiosos tradicionais dominados por homens. A mensagem de Bea Duarte é clara: as mulheres possuem uma força intrínseca e ancestral que não pode ser silenciada ou ignorada, e é hora de reivindicar essa herança e se libertar das amarras do patriarcado.