Até o Fim
Silvestre Kuhlmann
Amar e querer bem ao inimigo
Talvez seja o preceito mais augusto
Amar quem me provoca medo e susto!
Fazer o bem a quem me traz perigo!
Eu sei que, por mim mesmo, não consigo
Amar a todo tempo, a todo custo
Mas Deus, que envia a chuva para o injusto
Jamais se cansa de insistir comigo
Faz sempre o bem àquele que te odeia!
Ama o algoz que estende a sua teia
E te vê como presa desarmada!
Recorda que também eu fiz assim
Pois o amor que não ama até o fim
Este amor, pobre amor, não vale nada!
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